O nosso mercado precisa mesmo de mais gente vendendo cursos?
Para nós, a resposta é sim — esse e-mail te conta porquê.
tl;dr —
Este e-mail contém um link para inscrição no curso que estamos lançando — sobre processo de decisão em produtos digitais.
Pra começar a responder à pergunta do assunto deste e-mail, listamos algumas verdades inconvenientes sobre a relação entre escolas1 e alunos no momento atual:
Nem todo curso vai te ensinar alguma coisa.
Poucos cursos têm como objetivo desenvolver alguma habilidade ou competência específica.
A maioria dos cursos só ensina como usar canvas x ou framework y — e não porquê eles existem, suas premissas e contextos de uso. Você termina um curso sabendo que a matriz de priorização de funcionalidades considera impacto e complexidade — mas ninguém te explica o que de fato significa impacto na intersecção entre produto e negócio.
A grande maioria dos cursos por aí não te ensina a pensar. Seus objetivos são ajudar você a colocar o pezinho2 dentro de uma empresa de tecnologia, em um time de produto.
Quase nenhum curso te provoca nem te convida a questionar seus modelos mentais. Alunas e alunos que se questionam entram numa situação de desconforto — necessário para o aprendizado — e pessoas desconfortáveis têm mais risco de abandonar e deixar de ser receita.
Nenhum curso te prepara para os desafios que você vai encontrar na vida real.
Toda indústria que cresce numa velocidade maior do que a da dos profissionais que são formados e treinados enfrenta o mesmo tipo de desafio. Cursos de curta duração surgindo para atender à demanda do mercado, até o momento em que certos critérios de qualidade que existiam no passado — que eram controlados pela relação entre oferta e demanda — simplesmente desaparecem.
Então você, que acabou de fazer um curso, volta ao trabalho — mas sem saber muito por onde começar. Você se vê com um punhado de templates de ferramentas genéricas que agora já não parecem tão simples de usar. E sem nada que te ajude nos desafios da vida real — que todos nós enfrentamos todos os dias.
Mas você segue em frente; segue usando a abordagem de tentativa e erro (e fé, se tiver). Combinando a sua competência com um pouco de sorte. E mesmo quando você tem sucesso em alguma decisão, é comum não conseguir entender o que te fez acertar.
Pra nós, da Produtos para Humanos, essa situação é inaceitável.
Toda iniciativa que tem como objetivo ensinar ou compartilhar conhecimento — ainda mais aquelas que têm um custo significativo para a maioria das pessoas da comunidade — deveria ter como premissa, na nossa opinião:
Foco no desenvolvimento de habilidades e competências das pessoas — e não na simples demonstração de métodos;
Conhecimento aplicável pelas pessoas, de maneira autônoma e com resultados mensuráveis — a utilidade e relevância do curso deve ser perceptível;
Conteúdo crítico / original, ao invés da replicação de conteúdo de fora;
Abordagem pautada no diálogo para assimilação de conceitos teóricos, ao invés da simples exposição;
Pessoas no centro, do planejamento à execução. Precisamos conhecer e entender quem participa dos nossos cursos, seus modelos mentais, vocabulário, objetivos, expectativas e principalmente suas histórias (pessoais e profissionais). Tudo isso impacta em como as pessoas vêem o mundo, se comunicam e aprendem. E obviamente que entender esses fatores ajuda a moldar conteúdo e dinâmica de qualquer iniciativa de ensino — e faz uma diferença gigante no resultado final do nosso trabalho.
Essas 5 premissas surgiram em uma conversa que nós (Carol e eu) tivemos há quase um ano atrás. Falávamos sobre como seria se a gente criasse um curso, treinamento ou outra coisa do tipo. A conclusão foi que só faria sentido fazer algo assim se a gente tivesse uma solução que tivesse potencial de resolver tudo o que consideramos inaceitável nessa indústria.
E assim a gente foi criando — e descartando — uma série de conceitos e protótipos, até que chegamos em algo que fez sentido e passou no teste das premissas.
O resultado desse processo nós estamos colocando oficialmente no mundo hoje.
Estamos lançando um curso.
Sim, mais um curso — porque a gente acha que o mercado realmente está precisando. O mercado precisa de uma nova proposta de abordagem, formato e conteúdo. Uma proposta que tente resolver os problemas sobre os quais falamos aqui mais pra cima. Tudo o que for feito nessa direção, pra nós vale a pena. Só o que não dá é pra ficarmos parados enxergando toda essa situação e fazer de conta que tá tudo bem.
Nosso curso não é sobre processo, método nem sobre dinâmica de trabalho. Não é sobre seus pares, stakeholders ou sobre a sua empresa. É sobre você. É sobre o processo de tomada de decisões — uma das competências que consideramos mais importantes (se não a mais) pra quem trabalha com produtos. Independente da senioridade, cargo ou tipo de empresa.
A ideia do curso
É apresentar, discutir e exercitar, ao longo de 5 horas, um jeito de racionalizar uma relação que parece muitas vezes aleatória; aquela entre o problema, as alternativas, a escolha e os resultados que ela gera. Um modelo que criamos a partir da nossa vivência, observação e análise extensa de outros modelos, pra que chegássemos em algo que fizesse sentido para os desafios das pessoas que trabalham com produtos.
Ao final do curso, você vai conseguir responder a estas cinco perguntas — que serão úteis de fato para o seu trabalho:
Existe alguma espécie de padrão, repetível, possível de ser aplicada à maioria das decisões que tomamos?
Por que muitas vezes tomamos decisões ruins — mesmo em cenários improváveis?
Que fatores podem acelerar ou aumentar as chances de tomarmos decisões com mais confiança e mais chance de bons resultados?
Quando devo assumir o controle de uma decisão e quando devo desapegar?
Como levantar e fazer um bom processo de análise de alternativas, diminuindo os riscos de resultados ruins?
Nós abrimos as duas primeiras turmas — elas já estão disponíveis para inscrição aqui.
Estas duas primeiras edições do curso serão nas semanas finais de julho e o valor da inscrição é de R$ 290. Colocamos intencionalmente um valor abaixo da média do mercado pois nossa missão é organizar o conhecimento que ainda hoje está restrito a poucos e torná-lo commodity no mercado. Ou seja, barato, objetivo e parte do senso comum da comunidade.
Conhecimento não deveria ser utilizado para distanciar — ou como seria dito pelo incrível Paulo Freire, para oprimir e sim para construir caminhos.
Nós também definimos que toda turma terá pelo menos 25% de participantes com bolsas de valor integral.
Esse casal3 aqui tá feliz demais
Com esse que é um marco importantíssimo para o pp/h. Começamos a atuar pra valer em outras frentes, que nos ajudam a reforçar a nossa proposta de valor. Além disso, estamos abrindo um outro canal de interação com vocês, mais real e simultânea.
Bora pra mais essa empreitada com a gente?
Pra ler mais sobre o curso e fazer sua inscrição, corre aqui — as vagas são limitadas.